Analisando a Bíblia Sagrada, no
Livro de Atos, observamos que a igreja que fora edificada em Cristo (Mt 16.18)
crescia como o Senhor havia planejado.
A Palavra era pregada, a fé
alicerçada e as almas que haviam de serem salvas eram acrescentadas à igreja (At
2.47).
O povo crescia na graça e no
conhecimento de Jesus (2 Pe 3.18) e isto mostrava que a igreja estava
exatamente na direção que o Senhor queria.
A pregação da Palavra mostrava a
necessidade de arrependimento e deixava claro que a salvação era possível
somente através de Jesus (At 4.12) e o Espírito Santo trabalhava convencendo as
pessoas do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8).
A maturidade da igreja era
patente, pois ela era alimentada pela Palavra de Deus pregada pelos discípulos
de Jesus e isto era como se o próprio Senhor estivesse falando ao povo.
Quando existiam problemas, e
estes eram inevitáveis, pois onde existe um ajuntamento de pessoas, existem
divergências e dificuldades, os homens de Deus oravam e procuravam a direção
do Senhor e, além disto, obedeciam a mesma.
O interessante é que até a
inauguração do prelo por Johan Gutenberg em 1450 (www.wikipedia.org), não se tinha acesso a
um exemplar da Bíblia Sagrada como conhecemos hoje, mas a igreja conhecia a
Palavra de Deus pela Torah (Antigo Testamento) e também pelas cartas e
evangelhos, que eram lidos em todas as reuniões, pois relatavam a história de
Jesus e de seus discípulos (At 1.1-3).
Sendo assim, estas cartas eram
lidas para que a igreja aprendesse como deveria portar-se diante dos diversos
problemas enfrentados no dia a dia.
Enquanto a primazia nos cultos era
dada para a Palavra, a igreja era edificada na Rocha (Jesus Cristo- Ef 2.20),
mas a partir do momento em que as vãs filosofias (Cl 2.8) começaram a invadir o
seio da igreja, esta começou a sofrer.
Hoje, quase 2000 anos após,
estamos com milhares de igrejas, milhões de cristãos, temos veículos de
comunicação em massa, mas vivemos um tempo de frieza espiritual, de erros
doutrinários crassos, de heresias afloradas e de um grande desinteresse pela
Palavra pregada e, isto se torna evidente quando durante a liturgia do culto,
deixamos 15 ou 20 minutos para a Palavra e ainda temos a audácia de dizer “vamos
ao momento mais importante do culto, o momento da Palavra”.
Como não damos tempo para Deus
falar, automaticamente temos pessoas sem fé (Rm 10.17), pois a fé vem pelo
ouvir da Palavra e não por ouvir histórias da carochinha.
A Igreja Assembleia de Deus,
igreja da qual eu sou membro, tida como a maior denominação evangélica do
Brasil e quiçá do mundo, vive uma crise de existência, pois a geração atual foi
influenciada por “pseudo-pregadores” que não tem compromisso com a verdade
bíblica e, além disso, parece depender da aprovação da igreja quando; tentando levar
o público ao êxtase espiritual; que antes era uma consequência da simples
pregação da Palavra, solicitam bravamente que os ouvintes glorifiquem a Deus
(será que é para glorificar a Deus ou para dizer: - continue, pois eu estou
gostando?).
Nunca os cristãos precisaram de
tantas visitas aos psicólogos, e vale a pena deixar registrado que eu amo esta
profissão e sei o quanto é necessária, mas nos primórdios da igreja, a
estabilidade emocional era assegurada por uma inabalável fé em Jesus.
Nunca na história da igreja os
consultórios de psiquiatras estiveram tão cheios de cristãos que não tem onde
desabafar, pois em muitos casos, não podem confiar nos "conselheiros de plantão".
Nunca existiram tantas brigas
pelo poder e tão pouca manifestação do fruto do Espírito (Gl 5.22), lembrando
que Jesus disse que os seus discípulos seriam conhecidos pelos frutos
produzidos (Mt 7.20).
Ah, geração de adoradores...
Ah, geração de apaixonados por
Cristo...
QUANTAS VEZES VOCÊS JÁ LERAM A BÍBLIA SAGRADA?
Ah, geração de teólogos e
pensadores cristãos...
POR QUANTO TEMPO AO LONGO DE SUAS VIDAS VOCÊS MEDITARAM NA PALAVRA DE
DEUS? (Sl 1)
Vivemos em uma época em que o
povo sente necessidade de ter o seu ego massageado e este tem sido o tema de
uma grande parte de mensagens.
Nunca se falou tanto em sucesso, tanto
sobre as vitórias e sobre a conquista das bênçãos, e em contrapartida tão pouco
sobre o arrependimento, sobre a salvação em Jesus Cristo, sobre a santificação
sem a qual ninguém verá a Deus (Hb 12.14), operada pelo sangue de Jesus e Sua
Palavra (Jo 15.3).
E eu vos pergunto: “Onde vamos
parar?”.
Será que esta é a igreja do
arrebatamento? Eu me recuso a acreditar...
Eu quero congregar em uma igreja
que ame a Palavra, que ensine a Palavra, que seja exortada pela Palavra (2 Tm
4.2).
Eu quero ver os cultos, antes
chamados “cultos de doutrina, ou cultos de ensino”, repletos de pessoas
clamando pela Palavra, pela voz de Deus e não de homens.
Eu quero ver uma igreja que
acolha as pessoas, que ouça as pessoas e que se interesse pela salvação das
mesmas em Cristo Jesus.
E VOCÊ, EM QUE TIPO DE IGREJA QUER CONGREGAR???
Ev. Leonardo Novais
de Oliveira (www.resgatandoointeresse.blogspot.com.br)
To contigo, a igreja precisa voltar ao primeiro amor, rasgar o coração diante do altar e declarar,Deus me lava, me purifica,quero ser limpa, lavada e adornada a verdadeira noiva, vem Senhor Jesus. ....
ResponderExcluirAmém irmã Emilia, Deus te abençoe.
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