quinta-feira, 12 de setembro de 2013

VOCÊ TEM CONHECIMENTO DO QUE FALA?

Olá pessoal, Paz seja convosco.
Dentro do contexto assembleiano, ou até mesmo do pentecostal, às vezes quem estuda e destaca-se da maioria, é taxado como alguém "sem unção" e isto já está me incomodando, pois vejo mais pessoas que tem graça e conhecimento pregando o evangelho verdadeiro, com conteúdo e unção de Deus, o que é o correto segundo Pedro (2 Pe 3.18), do que pessoas que tem graça e não tem conhecimento.
Nos dias atuais, nós vivemos uma crise no cenário pentecostal, onde um falso evangelho catequizou uma grande parcela de crentes, principalmente entre os jovens. Este falso evangelho, é aquele que exalta as pessoas em detrimento da exaltação de Deus, que coloca as pessoas em pedestais e suprime a adoração a Deus, que coloca as pessoas nas primeiras páginas dos jornais em viajando de avião (COMO SE ISTO FOSSE IMPORTANTE), ao invés de colocar Deus como centro de todas as coisas. (Mt 22.39,40).
Eu sou completamente a favor do estudo teológico e tenho me tornado um defensor assíduo do mesmo, pois vejo muita incoerência nas pregações, muito exagero tido como manifestação espiritual e até mesmo ação diabólica em alguns casos.
E para refutar aqueles que dizem que não é preciso estudar, eu lhes pergunto: 
"QUANTAS VEZES VOCÊ JÁ LEU A BÍBLIA POR COMPLETO?" COMPREENDEU???
Leia o texto abaixo, que foi tirado da revista "Cristianismo Hoje" e dê a sua opinião.
Durante o século passado, o número de evangélicos em todo o mundo cresceu de forma explosiva. Estima-se que 75% deles vivam na África, na Ásia ou na América do Sul. Embora seja impossível saber ao certo, estudiosos calculam que existam cerca de 2,2 milhões de igrejas evangélicas em todo o mundo. Mas 85% delas são lideradas por pastores com pouca ou nenhuma formação teológica. Estima-se que menos de 10% dos pastores possuem um diploma de teologia.
O pouco acesso à educação formal afeta a compreensão de verdades básicas da Bíblia. O grande número de analfabetos e a pouca disponibilidade em alguns países dificulta ainda mais o processo de treinamento. Em muitos lugares o acesso à Internet é precário ou simplesmente não existe.
Nada disso muda o poder do Evangelho em mudar vidas, mas gera problemas que os evangélicos que não vivem essa realidade possivelmente não são capazes de entender. Contudo, este cenário afeta milhões de pessoas em muitos países.
Uma campanha de âmbito mundial da organização The Gospel Coalition (TGC) deseja acabar com o que descreve como "fome de Bíblia". O foco principal é chamar atenção para as regiões "subnutridas teologicamente", especialmente no Hemisfério Sul.
O famoso Movimento AD2000 e Além ressaltava o contraste de um pastor formalmente treinado para cada 230 pessoas nos EUA. A proporção na região menos evangelizada do mundo, a chamada janela 10-40, é de um pastor com treinamento formal para cada 450 mil pessoas. Se a média estimada de 174.000 pessoas se convertendo diariamente a Cristo no mundo todo, seriam necessários mais de mil pastores formados por dia.
A TGC está levantando fundos entre cristãos comprometidos para treinar tradutores, fazer parcerias com editoras e centros de treinamentos missionários para oferecer acesso a recursos bíblicos, no formato impresso, mas também digital. Estes são mais baratos, mas segundo dados divulgados, apenas 33% da população mundial tem acesso fácil a computadores hoje.
Uma primeira edição de material de treinamento básico já foi impresso para ser doado e distribuído para pastores e igrejas juntamente com doações de comida para os locais mais carentes.
Já existe uma mobilização para identificar pessoas em cerca de 120 países onde as carências são mais claras. Um dos objetivos de curto prazo é mandarem missionários que sejam especializados no treinamento teológico, que em pouco tempo podem ajudar a reverter esse quadro de deficiência ou ausência de treinamento. Também pedem orações pela mudança nessa realidade o mais depressa possível.
Fonte: Diário Gospel, The Gospel Coalition e Training Leader International.

terça-feira, 14 de maio de 2013

PESQUISA REVELA QUE EVANGÉLICOS DESCONHECEM AS DOUTRINAS BÁSICAS DE SUA FÉ




Um estudo do Instituto LifeWay Research sobre “posições doutrinárias”, mostra que, enquanto boa parte dos evangélicos têm uma boa compreensão dos ensinamentos doutrinários de suas igrejas, muitos tem dificuldade em explicar sua fé.

Questões básicas como a salvação, a Bíblia e a natureza de Deus podem confundir os fiéis. Quando perguntados ”Quando você morrer, irá para o céu pois confessou seus pecados e aceitou Jesus Cristo como seu Salvador?”, 19% disseram que não tem certeza. Cerca de 26% dos entrevistados (todos membros batizados de suas igrejas) acreditam que “se uma pessoa está sinceramente buscando a Deus, poderá obter a vida eterna através de outras religiões além do cristianismo”.

O pastor batista Ed Stetzer, presidente da LifeWay, acredita que hoje em dia as pessoas estão acostumadas a ter todo tipo de opinião anunciada pela mídia. “A verdade bíblica é radical porque ensina que a vida eterna é um relacionamento com Deus, através de Jesus Cristo”, lembra.

Entre as respostas dadas sobre a crença na vida após a morte estão:


  • “Quando você morrer, irá para o céu porque fez o melhor possível para ser uma boa pessoa e viver uma boa vida?” – 7 por cento dos fiéis responderam que sim.
  • “Você não tem como saber o que irá acontecer depois de sua morte” – 5 por cento concordaram com isso.
  • “Quando você morrer, irá para o céu porque Deus é amor e todo mundo vai estar no céu com Ele” – 4 por cento creem nisso.
  • “Quando você morrer, irá para o céu porque você leu a Bíblia, se envolveu na igreja, e tentou para viver como Deus queria que você vivesse ” – 2 por cento responderam positivamente.
  • “Não há vida após a morte” – 1 por cento pensa assim.


A pesquisa também questionou a singularidade do Deus da Bíblia. Contudo, 12% das pessoas não sabiam responder se havia diferença entre ele e os deuses descritos por outras religiões. Ao serem perguntados sobre o pecado, 13% dos evangélicos não sabem dizer se é necessário uma punição para os pecadores.



“Se as igrejas fizeram uma avaliação do que seus membros pensam sobre estas verdades bíblicas, muitos ficariam surpresos ao descobrir como as doutrinas básicas são ignoradas ou questionadas”, disse Stetzer. ”Cada igreja tem uma combinação diferente do número de discípulos maduros e de bebês espirituais que ainda necessitam compreender a mensagem básica do Evangelho”.

Ele explica que a LifeWay tem feito esse tipo de pesquisa pois acredita que o discipulado é um processo que deve ajudar cada pessoa a crescer em sua jornada espiritual. Mesmo assim, a maioria das igrejas tem deixado de lado a Escola Bíblica ou os chamados “cultos de doutrina”, preferindo focar nos “cultos da família” ou em eventos.

Essa pesquisa ouviu 2.930 adultos que são membros de uma igreja evangélica e frequentam os cultos no mínimo uma vez por mês. A margem de erro é de 1,8 por cento para mais ou para menos.




Imagine no Brasil. Não precisa imaginar! O BEPEC está em fase de pré pesquisa sobre tema semelhante e as tendências  são estarrecedoras

RETIRADO DO SITE WWW.GENIZAHVIRTUAL.COM


Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2013/05/pesquisa-revela-que-evangelicos.html#ixzz2TJUO2ShP
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segunda-feira, 6 de maio de 2013

OS PERIGOS DE NÃO SEGUIRMOS OS PRINCÍPIOS BÍBLICOS




Se a Bíblia precisa ser seguida para que possamos ser como Deus deseja que sejamos, torna-se muito perigoso não vivermos de acordo com estes padrões e é sobre isto que queremos tratar neste estudo.

Paulo escreve na carta aos Filipenses, no capítulo 4 e versículo 9: “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco”.

Isto nos mostra que assim como ele foi moldado pelo Espírito Santo, nós também devemos ser, e a Bíblia tem inúmeros conselhos para vivermos de acordo com a vontade de Deus.

Nos dias atuais, infelizmente, existem pessoas que deixam de lado o que a Palavra ensina e vive de acordo com a sua própria vontade, ou de acordo com a vontade do diabo e pratica o inverso do que a Bíblia nos ensina e é sobre isto que falaremos neste estudo.

SERÁ QUE VOCÊ TEM ALGUMAS DAS CARACTERÍSTICAS ABAIXO?

1 – A MENTIRA: A Bíblia nos diz que nós devemos ser verdadeiros, mas se não seguirmos o que Ela recomenda podemos incorrer no primeiro erro que é a prática da mentira.

O Dicionário Priberan da Língua Portuguesa conceitua a mentira como sendo:

1 - Ato de mentir, 2 - Engano propositado. = FALSIDADE, 3 - História falsa. = PATRANHA, PETA, TANGA, 4 - Aquilo que engana ou ilude. = FANTASIA, ILUSÃO.

Existem muitas pessoas que por não terem sido “tratadas” mentem descaradamente e existem pessoas que acreditam que uma simples mentirinha não tem mal algum.

O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE A MENTIRA?
A Bíblia diz que o diabo é o pai da mentira (Jo 8.44) e se nós praticarmos o que é inerente ao diabo, nos tornaremos parecidos com ele.

Paulo escreve aos Efésios, no capítulo 4 e versículo 25: “Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros”.

Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem,  e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira (Ap 22.15).

Suave é ao homem o pão da mentira, mas depois a sua boca se encherá de cascalho (Pv 20.17).

A falsa testemunha não ficará impune e o que respira mentiras não escapará (Pv 19.5).

SE MENTIR É PECADO, PORQUE EXISTEM CRENTES QUE MENTEM?

Resposta: Porque não seguem o que a Bíblia diz...

2 – A DESONESTIDADE: A desonestidade manifesta o contrário do que a Bíblia nos ensina a praticar, a honestidade. Esta é uma palavra que, no uso comum, pode ser definida como o ato ou agir sem honestidade. Ele é usado para descrever a falta de probidade, o enganar, mentir ou ser deliberadamente enganoso ou uma falta de integridade, os atos velhacos, perfidiosidade, a corrupção ou a covardia. É usado sobre charlatanismo e charlatões.

A desonestidade pode ser observada em vários segmentos da sociedade, tais como: Na economia (trapaças para gerar maior lucro – Pv 20.23), nas relações humanas (corrupção - 2 Pe 2.12), etc.

3 – OBSCENIDADE: Caráter do que é obsceno. Palavra, ato, pensamento, gesto, imagem obscena, indecência, lascívia, sensualidade.

a)      Copropraxia - "copro" (fezes) e "praxia" (ação), que se traduz em atos descontrolados de fazer gestos obscenos ou tidos socialmente como proibidos.

b)       Coprografia - "copro" (fezes) e "grafia" (escrever ou desenhar) refere-se à obsessão de escrever ou desenhar em papel, muros ou paredes, etc... palavrões ou desenhos obscenos.

c)       Coprolalia – “copro (fezes) e “lalia” (palavras”, refere-se ao ato de proferir palavrões) (Pv 22.14).

4 – A INJUSTIÇA: Ato oposto à justiça, ausência de justiça, inconformidade com o direito, iniquidade. O Senhor abomina tal ato (Dt 25.16). A parábola dos trabalhadores na vinha (Mt 20.1-16) nos mostra como não sermos injustos.

5 – A IMPUREZA: Esta palavra traduz aquele que está contaminado, infectado, impuro. No sentido bíblico, a impureza é vivenciada por aqueles que cometem pecados. No grego a palavra é (akatharsia) e trata de pecados sexuais, vícios, maus pensamentos e desejos impuros. (Gl 5.19-21; Ef 5.5).

6 – A FALTA DE AMOR: Este, de longe, é um dos maiores problemas relacionados aos líderes. As causas mais comuns da falta de amor são: Multiplicação da iniquidade (Mt 24.12), Falta de comunhão com Deus e consequentemente, falta do fruto (Jo 5.42; Gl 5.22; 2 Pe 1.17; Jo 13.35) e Falta de consideração (Hb 10.24; Fp 2.3).

7 – O MAU TESTEMUNHO (A MÁ FAMA): A palavra testemunho é traduzida como: Confirmação, afirmação, declaração falada ou escrita. Neste caso estamos falando de comportamento. O Senhor nos tirou das trevas para a luz (Cl 1.13) e sendo assim, precisamos andar na luz (1 Jo 1.7). 

O mau testemunho faz com que o evangelho seja envergonhado, pois os incrédulos observam o nosso comportamento (Mt 26.59) e a Bíblia nos diz para darmos bom testemunho (Cl 4.5; Ef 5.15; 1 Tm 5.10; 1 Pe 2.12; At 4.33; Tt 2;7).

CONCLUSÃO: Se o líder não seguir os princípios bíblicos, o seu comportamento não se diferenciará das pessoas do mundo, a sua influência cristã na será adequada e como líder espiritual ele terá fracassado (1 Tm 4.12).

Ev. Leonardo Novais de Oliveira

terça-feira, 26 de março de 2013

UMA GERAÇÃO POUCO INTERESSANTE


UMA GERAÇÃO POUCO INTERESSANTE!



É interessante como nós seres humanos temos a facilidade de nos adaptar a coisas que aparentemente são boas, mas que com o passar dos anos mostram-se extremamente prejudiciais, é interessante como nós cristãos, passamos a achar correto o que a Bíblia ensina que não é, é interessante como o inimigo das nossas almas consegue lograr êxito nas suas campanhas, utilizando o mesmo princípio em todas elas, a exaltação do homem.

Vivemos em uma época em que a facilidade nunca esteve tão evidente, pois temos comidas de micro-ondas que levam 1 minuto para ficarem prontas, incluindo bolos, lasanhas e até feijoada. Temos lanches de grandes empresas de fast-food, que faturam milhões de dólares, fazendo sanduíches que ficam prontos em 1 minuto. Tiramos documentos, que antes demoravam meses para ficarem prontos, em apenas 5 minutos, estudamos em faculdades que formam alunos em cursos com a duração de apenas 3 anos, o que no passado era inconcebível.

Antigamente, para abatermos um frango eram necessários de 4 a 6 meses, mas hoje, em 50 dias o bicho já está sendo servindo nos pratos de seres humanos do mundo inteiro.

Esta é a chamada “geração do fast-food”, geração das coisas rápidas, geração da ansiedade descontrolada.

Avaliando esta situação, observamos que evoluímos em muitos fatores e deixamos de evoluir em outros, pois o mesmo frango que antes era extremamente saudável, hoje é enxertado com hormônios, fazendo com que meninas menstruem mais cedo, homens tenham distúrbios hormonais, aumentando de forma alarmante o número de casos de câncer em todo o mundo e matando milhares de pessoas.

E é nesta geração do fast-food, que temos observados prejuízos em várias áreas da sociedade.

A indústria farmacêutica lucra bilhões com a venda de psicotrópicos, pois esta é a geração mais ansiosa de toda a existência. 

Prédios caem, porque os engenheiros que foram formados em faculdades do mundo inteiro, não foram pacientes o suficiente para aprender sobre os detalhes de sua profissão, tendo que aprender no campo de trabalho. 

Pessoas morrem, pois os médicos que antes tratavam o paciente, agora querem tratar somente a doença, receitando medicamentos paliativos para problemas crônicos de saúde, despedindo o paciente sem uma solução desejável.

“Obreiros” são formados aos montes e, apesar da Bíblia dizer que a seara é grande e poucos são os ceifeiros (Mt 9.37), o que existe é uma necessidade urgente pelo status que um cargo eclesiástico proporciona e, sendo assim, contemplamos pessoas completamente despreparadas para exercer o ministério e prejudicando sobremaneira a obra de Deus.

Não que eu seja contra a separação de obreiros, pois assim estaria sendo contra a Bíblia (At 13.2; Tt 1.4), mas o que temos visto é uma situação de desespero por parte de um número crescente de igrejas e ministérios.

Quando é que iremos deixar de ser uma geração que busca quantidade em detrimento da qualidade?

Quando é que entenderemos que apesar da Bíblia mostrar que existem pessoas que merecem honra (Rm 13.7; 1 Tm 5.3; , esta honra que muitos querem é somente do Senhor (Ap 4.11)?

Quando é que deixaremos a Palavra trabalhar no caráter de uma pessoa, através da ação miraculosa do Espírito Santo, antes de colocar a mesma em cima de um púlpito para ministrar esta mesma Palavra?

Quando é que voltaremos a nos preocupar com o caráter, que mostra a nossa essência, ao invés de preocuparmos com a reputação, que é aparente?

Voltemos amados irmãos aos princípios, quando o crivo era mais acirrado, voltemos às origens, onde a Bíblia tinha a primazia e a vontade do Senhor era respeitada, onde as coisas pareciam bem ao Espírito Santo em primeiro lugar e depois a nós que somos Dele (At 15.28).

Vamos ensinar esta geração do fast-food que precisamos crescer na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18), vamos discipular esta geração que anseia por serem instrumentos de Deus, mostrando a eles que é importante serem provados primeiro, para depois exercerem o ministério (1 Tm 3.10).

E por fim, vamos auxiliar com amor, àqueles que já se embrenharam em tantos problemas, tal qual o filho pródigo, pois não souberam esperar por aquilo que era deles (Lc 15).

Oh! Geração que é tão valorizada pela mídia e tão pouco valorizada por Deus, voltemos ao primeiro amor, onde Deus é suficiente para nos preencher, nos abençoando com o que precisamos, e tirando de nós toda a ansiedade.

Oh! Geração pouco interessante aos olhos de Deus, mas muito interessante aos olhos de um povo tão distante do mesmo (Mt 15.8).

Vinde, e tornemos ao SENHOR, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida.
Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dele.
Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra (Os 6.1-3).

Ev. Leonardo Novais de Oliveira

sábado, 23 de março de 2013

ELIZEU E A ESCOLA DE PROFETAS


                                      ELIZEU E A ESCOLA DE PROFETAS (2 Tm 2.1,2)




Olá pessoal, Paz seja convosco. A lição da CPAD para o dia 24/03 tem um tema extraordinário: “Elizeu e a escola de profetas”.
Como o propósito deste blog é falar sobre a Palavra de Deus, acredito que será de grande valia, postarmos algumas anotações sobre este tema.



Introdução: Os profetas sabiam da grande necessidade de ensinar aos homens de Deus os pormenores da Sua Lei, sendo assim, ele criou uma escola para ensinar os novos “obreiros”, que eram os homens que viviam para a obra do Senhor.

Profeta: Aquele que traz a voz de Deus ao povo, voz de Deus na Terra.

Escola de Profetas: Instituição de ensino do Antigo Testamento cujo objetivo era a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra. Esta palavra não existe na Bíblia. Ela fala de “Rancho dos profetas, Filhos dos profetas, Congregação dos profetas, etc, mas é bastante apropriado para o contexto.

Esta escola foi fundada provavelmente por Samuel (1 Sm 10.5; 19.18-20).

O ambiente da escola lembrava uma fraternidade onde os membros eram chamados de “filhos dos profetas” (2 Rs 3.3,5). A expressão “filhos dos profetas” (hb. bene ba-nabiim) significa que eram membros de uma ordem profética, não que eram descendentes genealógicos dos profetas.

Observamos pelas Escrituras que os filhos dos profetas estavam radicados em locais como Betel, Jericó e Gilgal (1 Rs 20.35; 2 Rs 2.3,5,7,15; 4.1,38; 6.1). Ora, com a trasladação de Elias quem seria o seu substituto? Ou seja, quem havia de ser o novo líder? Então, Eliseu baseado na lei mosaica (cf. Dt 21.17) pede a Elias a “porção dobrada”, ou seja, os direitos de um filho primogênito. O primeiro filho recebia o dobro das riquezas do pai em relação aos seus irmãos, e isso implicava mais responsabilidade para a manutenção da família.

Donald J. Wiseman lembra que esse filho primogênito “tinha a responsabilidade de perpetuar o nome e o trabalho do pai”. Nesse sentido, a tradução da Nova Versão Internacional (NVI) traz mais luz para a interpretação do texto de 2Rs 2.9: “Depois de atravessar, Elias disse a Eliseu: ‘O que posso fazer por você antes que eu seja levado para longe de você?’ Respondeu Eliseu: ‘Faze de mim o principal herdeiro de teu espírito profético’". A “porção dobrada”, portanto, em um primeiro momento, não significava “mais poder” para milagres. Significa, isso sim, mais responsabilidade como o novo líder a representar o legado do antigo líder.

Essas escolas de profetas não tinham a intenção de ensinar a profetizar, a profecia é um dom de Deus. Elas objetivavam passar às novas gerações a herança moral, cultural e espiritual que YAHWEH havia entregado a nação através de sua Palavra. Nessa perspectiva, nossas escolas dominicais são semelhantes a essas escolas de profetas! Temos a responsabilidade de passar, na igreja, a herança moral e espiritual que o Senhor tem dado a sua igreja através de Sua Palavra. Os próprios mestres, aqueles que ensinam na igreja, são dádivas de Deus, e portanto, devem ser considerados como ministros do Senhor (Ef 4.11). O Senhor nos entregou a tarefa de fazer discípulos de todos os povos, línguas, tribos e nações. Desde que a recebemos, já passaram dois milênios. E ainda há muita terra para conquistar... Hoje, temos como fonte de estudo, quatro perspectivas dessas escolas: a instituição, seus objetivos, currículo e método de ensino. A relação íntima de Eliseu com as escolas dos profetas mostra que o ministério de poder não nos isenta do estudo sistemático e da meditação nas Escrituras. (http://auxilioebd.blogspot.com.br/)

OBJETIVOS DAS ESCOLAS DE PROFETAS

1 – Ter um padrão de comportamento: Não no sentido de “engessar” os profetas, mas sim ter um padrão de comportamento, conforme o exemplo do próprio Deus (Gn 17.1). ... “Viva com integridade diante de mim, faça todo o esforço possível parra se manter assim!” (BLC).

Este padrão envolvia submissão, humildade, trabalho em equipe, entre outros (2 Rs 4.29; 5.10).

O padrão atual do cristão, seja ele obreiro ou não, é Cristo, e a Bíblia é a maior fonte de ensinamento sobre este padrão.

Jesus quando estava escolhendo seus discípulos disse uma palavra muito interessante: “Segue-me”. Isto quer dizer que o padrão de comportamento do cristão, deve ser baseado no comportamento de Jesus.

Nos dias hodiernos, infelizmente tem muitas pessoas que se dizem profetas, mas não tem comportamento de filho de Deus.

2 – Proporcionar conhecimento aos profetas: Muitas pessoas dizem que não precisam estudar, e até utilizam a Palavra de Deus para enfatizar que estão corretos, dizendo que a letra mata (2 Co 3.6), mas o que Paulo escreveu neste texto é que observar a Lei somente por observar não produz vida nas pessoas, ou seja, conhecimento sem graça de Deus não gera vida, e Pedro nos escreve na sua segunda carta, no capítulo 3 e versículo 18: “Antes pois, crescei na graça e no conhecimento”.

É necessário termos as duas coisas, presença de Deus e conhecimento, pois se não tivermos o conhecimento nos tornaremos radicais da fé, e poderemos nos iludir com várias filosofias humanas.(Cl 2.8).

Quem medita na Lei do Senhor é abençoado (Sl 1).

DEUS DESDE O PRINCÍPIO INSTRUIU O POVO À RESPEITO DO CONHECIMENTO (Dt 6.6-9)

Jesus disse aos discípulos: “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. (Mt 28.18,20).

Paulo exorta Timóteo a ensinar a igreja que estava sob sua responsabilidade na cidade de Éfeso (1 Tm 4.11).

Paulo escreve a Timóteo dizendo que nos últimos dias alguns apostatariam da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores... (1 Tm 4.1).

3 - Promover encorajamento: Os expositores bíblicos observam que Eliseu não limitava o seu ministério à pregação itinerante e a operação de milagres, mas agia também como um supervisor das escolas de profetas. Ele fornecia instrução e encorajamento aos jovens que ali estavam.

A SUPERVISÃO DO LÍDER É DE SUMA IMPORTÂNCIA

Paulo estava presente pessoalmente e através de suas cartas.

O contexto de 1 e 2 Reis não deixa dúvidas de que Elias e Eliseu muito preocuparam-se em transmitir às gerações mais novas o que haviam aprendido do Senhor. Nessas escolas, portanto, esses alunos eram encorajados a buscar uma melhor compreensão da Palavra de Deus. Não há objetivo maior para um educador do que encorajar o educando a buscar a excelência no ensino.

Sendo assim, fica claro que o conhecimento é muito necessário.

4 – Promover sucessores para a obra do Senhor: Um dia alguém teria que seguir os passos do profeta Elias, pois como homem, ele morreria.

Este é exatamente o conceito de discipular ou fazer discípulos.

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mt 28.19).

A arte do ensino consiste em prover conhecimento para outras pessoas e ensiná-los a partilhar do que lhes foi ensinado. (Leonardo Novais de Oliveira).

O CURRÍCULO DAS ESCOLAS DE PROFETAS

O que era ensinado nestas escolas? Os professores ensinava a Lei do Senhor através dos escritos e também das experiências. (1 Tm 4.12; 1 Pe 5.3).

É importante reforçar que as nossas experiências nunca poderão sobrepujar a Palavra de Deus.

Paulo escreve aos Coríntios: “Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo” (1 Co 11.1).

CONCLUSÃO

Temos hoje centenas de escolas de teologia, seminários, faculdades, etc, e isto é excelente, mas apesar de termos todas estas facilidades, nunca poderemos nos esquecer da simplicidade da Palavra de Deus e da necessidade que temos de depender completamente do Espírito Santo do Senhor. (Jo 14.26; 1 Jo 2.20,27).

Se voltarmos para o estudo sistemático da Palavra de Deus, não incorreremos em erros crassos com tamanha frequência.

Se dedicarmos mais tempo para a Palavra de Deus não teremos tantos problemas na igreja.

Se dedicarmos mais tempo para entendermos a Palavra de Deus, manifestaremos ao mundo o amor de Deus.

BEM-AVENTURADO AQUELE QUE LÊ, E OS QUE OUVEM AS PALAVRAS DESTA PROFECIA, E GUARDAM AS COISAS QUE NELA ESTÃO ESCRITAS; PORQUE O TEMPO ESTÁ PRÓXIMO (AP 1.3).

E SEDE CUMPRIDORES DA PALAVRA, E NÃO SOMENTE OUVINTES, ENGANANDO-VOS COM FALSOS DISCURSOS (Tg 1.22).

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

VOCÊ REALMENTE DESEJA O EPISCOPADO?




Tenho observado algo deveras interessante no cenário cristão, em especial, no “ramo” pentecostal.

Existem muitas pessoas que querem ser “usados” por Deus para fazer algo para a Sua obra e isto é louvável, mas o que me intriga é: “O que realmente estas pessoas querem fazer”?

Vários querem pregar e cantar, poucos querem ensinar e evangelizar, e uma grande parcela deseja mesmo é aparecer, pois ao contrário do que Jesus nos ensinou  (Lc 22.26), os cargos eclesiásticos nos dias atuais produzem status.

Existem alguns que até utilizam o texto que Paulo escreve a Timóteo, na sua primeira carta no capítulo 3 e verso 1,  “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (ARC), mostrando que eles estão no caminho certo, porque o próprio Paulo disse que quem quer trabalhar na obra de Deus, excelente coisa deseja.

Outros utilizam o texto de Romanos no capítulo 12 e verso 7, que diz: “Se é ministério, seja em ministrar...”, mas a palavra ministrar aqui é “diakonia”, que traduzindo é aquele que assiste (assistência, cuidado, zelo).

Precisamos então corrigir um erro, pois o que Paulo escreveu na sua carta a Timóteo foi: “Aquele que deseja o episcopado, excelente obra deseja”.

A palavra episcopado no grego é “episkopoi” e significa superintendente ou bispo e o trabalho que estes tinham era o de supervisores, ou seja, os que detinham a nobre função episcopal eram aqueles que visitavam, cuidavam e zelavam dos homens para o bem dos mesmos (STRONG:1984). Em suma, estes eram os cuidadores dos cristãos e, traduzindo para a nosso português, eles eram os atuais pastores.

Existe grande aprendizado na comparação que Jesus fez do pastor de ovelhas com o pastor de homens (Jo 10), mas especificamente para discutirmos o nosso caso, Jesus utilizou esta comparação, pois os pastores de ovelhas, como foi Davi (1 Sm 17.34), eram homens que tinham um zelo extremado por seus animais e por isto os supervisionavam constantemente, livrando-os da morte por várias vezes.

Hoje em dia, os nossos jovens pentecostais querem pregar a Palavra e eu louvo ao Senhor por isto, mas realizando uma pequena enquete na denominação em que congrego, verifiquei que mais de 90% deles não querem ser “episkopoi”, ou pastores, o que eles querem é ser conhecidos como pregadores e até utilizam um termo muito conhecido neste cenário que é o “ministério itinerante”.

Analisando a Bíblia Sagrada, eu não vejo este tipo de ministério, pois Paulo escreve aos Efésios, no capítulo 4 e verso 11-16:

“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.”

O que mais se aproxima da itinerância, é o ministério de evangelista, que é aquele que leva a Palavra do Senhor onde Ele o chamar, mas este itinerante eu não encontro na Bíblia.

Alguns dizem que Paulo foi um itinerante, mas isto está INCORRETO, pois Paulo foi um apóstolo, ou seja, aquele que pregava a Palavra, “montava” a igreja, auxiliava o seu crescimento até que houvesse alguém para ser o seu pastor e após isto, partia para outra localidade.

Quando perguntamos aos jovens qual é a sua chamada, ou seja, o que ele acredita que o Senhor tem para ele fazer, a maioria responde: “ser pregador ou ser cantor”, e aí entra a minha preocupação: 

Onde estão os futuros pastores? Onde estão os futuros “episkopoi”? Onde estão aqueles que se interessarão pelas pessoas e por levá-las ao Céu (Hb 13.17)?

Será que Jesus chamou todos estes jovens para serem evangelistas, ou será que eles estão equivocados quanto ao seu chamado?

Eu não tenho nada contra a verdadeira chamada de um evangelista, mas o que me preocupa é que biblicamente o evangelista ama as pessoas e por isto prega a Palavra e não é isto que eu tenho visto nestes “pregadores itinerantes”.

Tenho observado muito “glamour”, muita glória, muita fama, e MUITOS problemas envolvendo os mesmos.

Sendo assim, meus queridos irmãos, eu gostaria que vocês que se enquadram neste cenário pensassem:

SERÁ QUE REALMENTE EU DESEJO O EPISCOPADO?

Leonardo Novais de Oliveira