terça-feira, 26 de março de 2013

UMA GERAÇÃO POUCO INTERESSANTE


UMA GERAÇÃO POUCO INTERESSANTE!



É interessante como nós seres humanos temos a facilidade de nos adaptar a coisas que aparentemente são boas, mas que com o passar dos anos mostram-se extremamente prejudiciais, é interessante como nós cristãos, passamos a achar correto o que a Bíblia ensina que não é, é interessante como o inimigo das nossas almas consegue lograr êxito nas suas campanhas, utilizando o mesmo princípio em todas elas, a exaltação do homem.

Vivemos em uma época em que a facilidade nunca esteve tão evidente, pois temos comidas de micro-ondas que levam 1 minuto para ficarem prontas, incluindo bolos, lasanhas e até feijoada. Temos lanches de grandes empresas de fast-food, que faturam milhões de dólares, fazendo sanduíches que ficam prontos em 1 minuto. Tiramos documentos, que antes demoravam meses para ficarem prontos, em apenas 5 minutos, estudamos em faculdades que formam alunos em cursos com a duração de apenas 3 anos, o que no passado era inconcebível.

Antigamente, para abatermos um frango eram necessários de 4 a 6 meses, mas hoje, em 50 dias o bicho já está sendo servindo nos pratos de seres humanos do mundo inteiro.

Esta é a chamada “geração do fast-food”, geração das coisas rápidas, geração da ansiedade descontrolada.

Avaliando esta situação, observamos que evoluímos em muitos fatores e deixamos de evoluir em outros, pois o mesmo frango que antes era extremamente saudável, hoje é enxertado com hormônios, fazendo com que meninas menstruem mais cedo, homens tenham distúrbios hormonais, aumentando de forma alarmante o número de casos de câncer em todo o mundo e matando milhares de pessoas.

E é nesta geração do fast-food, que temos observados prejuízos em várias áreas da sociedade.

A indústria farmacêutica lucra bilhões com a venda de psicotrópicos, pois esta é a geração mais ansiosa de toda a existência. 

Prédios caem, porque os engenheiros que foram formados em faculdades do mundo inteiro, não foram pacientes o suficiente para aprender sobre os detalhes de sua profissão, tendo que aprender no campo de trabalho. 

Pessoas morrem, pois os médicos que antes tratavam o paciente, agora querem tratar somente a doença, receitando medicamentos paliativos para problemas crônicos de saúde, despedindo o paciente sem uma solução desejável.

“Obreiros” são formados aos montes e, apesar da Bíblia dizer que a seara é grande e poucos são os ceifeiros (Mt 9.37), o que existe é uma necessidade urgente pelo status que um cargo eclesiástico proporciona e, sendo assim, contemplamos pessoas completamente despreparadas para exercer o ministério e prejudicando sobremaneira a obra de Deus.

Não que eu seja contra a separação de obreiros, pois assim estaria sendo contra a Bíblia (At 13.2; Tt 1.4), mas o que temos visto é uma situação de desespero por parte de um número crescente de igrejas e ministérios.

Quando é que iremos deixar de ser uma geração que busca quantidade em detrimento da qualidade?

Quando é que entenderemos que apesar da Bíblia mostrar que existem pessoas que merecem honra (Rm 13.7; 1 Tm 5.3; , esta honra que muitos querem é somente do Senhor (Ap 4.11)?

Quando é que deixaremos a Palavra trabalhar no caráter de uma pessoa, através da ação miraculosa do Espírito Santo, antes de colocar a mesma em cima de um púlpito para ministrar esta mesma Palavra?

Quando é que voltaremos a nos preocupar com o caráter, que mostra a nossa essência, ao invés de preocuparmos com a reputação, que é aparente?

Voltemos amados irmãos aos princípios, quando o crivo era mais acirrado, voltemos às origens, onde a Bíblia tinha a primazia e a vontade do Senhor era respeitada, onde as coisas pareciam bem ao Espírito Santo em primeiro lugar e depois a nós que somos Dele (At 15.28).

Vamos ensinar esta geração do fast-food que precisamos crescer na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18), vamos discipular esta geração que anseia por serem instrumentos de Deus, mostrando a eles que é importante serem provados primeiro, para depois exercerem o ministério (1 Tm 3.10).

E por fim, vamos auxiliar com amor, àqueles que já se embrenharam em tantos problemas, tal qual o filho pródigo, pois não souberam esperar por aquilo que era deles (Lc 15).

Oh! Geração que é tão valorizada pela mídia e tão pouco valorizada por Deus, voltemos ao primeiro amor, onde Deus é suficiente para nos preencher, nos abençoando com o que precisamos, e tirando de nós toda a ansiedade.

Oh! Geração pouco interessante aos olhos de Deus, mas muito interessante aos olhos de um povo tão distante do mesmo (Mt 15.8).

Vinde, e tornemos ao SENHOR, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida.
Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dele.
Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra (Os 6.1-3).

Ev. Leonardo Novais de Oliveira

sábado, 23 de março de 2013

ELIZEU E A ESCOLA DE PROFETAS


                                      ELIZEU E A ESCOLA DE PROFETAS (2 Tm 2.1,2)




Olá pessoal, Paz seja convosco. A lição da CPAD para o dia 24/03 tem um tema extraordinário: “Elizeu e a escola de profetas”.
Como o propósito deste blog é falar sobre a Palavra de Deus, acredito que será de grande valia, postarmos algumas anotações sobre este tema.



Introdução: Os profetas sabiam da grande necessidade de ensinar aos homens de Deus os pormenores da Sua Lei, sendo assim, ele criou uma escola para ensinar os novos “obreiros”, que eram os homens que viviam para a obra do Senhor.

Profeta: Aquele que traz a voz de Deus ao povo, voz de Deus na Terra.

Escola de Profetas: Instituição de ensino do Antigo Testamento cujo objetivo era a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra. Esta palavra não existe na Bíblia. Ela fala de “Rancho dos profetas, Filhos dos profetas, Congregação dos profetas, etc, mas é bastante apropriado para o contexto.

Esta escola foi fundada provavelmente por Samuel (1 Sm 10.5; 19.18-20).

O ambiente da escola lembrava uma fraternidade onde os membros eram chamados de “filhos dos profetas” (2 Rs 3.3,5). A expressão “filhos dos profetas” (hb. bene ba-nabiim) significa que eram membros de uma ordem profética, não que eram descendentes genealógicos dos profetas.

Observamos pelas Escrituras que os filhos dos profetas estavam radicados em locais como Betel, Jericó e Gilgal (1 Rs 20.35; 2 Rs 2.3,5,7,15; 4.1,38; 6.1). Ora, com a trasladação de Elias quem seria o seu substituto? Ou seja, quem havia de ser o novo líder? Então, Eliseu baseado na lei mosaica (cf. Dt 21.17) pede a Elias a “porção dobrada”, ou seja, os direitos de um filho primogênito. O primeiro filho recebia o dobro das riquezas do pai em relação aos seus irmãos, e isso implicava mais responsabilidade para a manutenção da família.

Donald J. Wiseman lembra que esse filho primogênito “tinha a responsabilidade de perpetuar o nome e o trabalho do pai”. Nesse sentido, a tradução da Nova Versão Internacional (NVI) traz mais luz para a interpretação do texto de 2Rs 2.9: “Depois de atravessar, Elias disse a Eliseu: ‘O que posso fazer por você antes que eu seja levado para longe de você?’ Respondeu Eliseu: ‘Faze de mim o principal herdeiro de teu espírito profético’". A “porção dobrada”, portanto, em um primeiro momento, não significava “mais poder” para milagres. Significa, isso sim, mais responsabilidade como o novo líder a representar o legado do antigo líder.

Essas escolas de profetas não tinham a intenção de ensinar a profetizar, a profecia é um dom de Deus. Elas objetivavam passar às novas gerações a herança moral, cultural e espiritual que YAHWEH havia entregado a nação através de sua Palavra. Nessa perspectiva, nossas escolas dominicais são semelhantes a essas escolas de profetas! Temos a responsabilidade de passar, na igreja, a herança moral e espiritual que o Senhor tem dado a sua igreja através de Sua Palavra. Os próprios mestres, aqueles que ensinam na igreja, são dádivas de Deus, e portanto, devem ser considerados como ministros do Senhor (Ef 4.11). O Senhor nos entregou a tarefa de fazer discípulos de todos os povos, línguas, tribos e nações. Desde que a recebemos, já passaram dois milênios. E ainda há muita terra para conquistar... Hoje, temos como fonte de estudo, quatro perspectivas dessas escolas: a instituição, seus objetivos, currículo e método de ensino. A relação íntima de Eliseu com as escolas dos profetas mostra que o ministério de poder não nos isenta do estudo sistemático e da meditação nas Escrituras. (http://auxilioebd.blogspot.com.br/)

OBJETIVOS DAS ESCOLAS DE PROFETAS

1 – Ter um padrão de comportamento: Não no sentido de “engessar” os profetas, mas sim ter um padrão de comportamento, conforme o exemplo do próprio Deus (Gn 17.1). ... “Viva com integridade diante de mim, faça todo o esforço possível parra se manter assim!” (BLC).

Este padrão envolvia submissão, humildade, trabalho em equipe, entre outros (2 Rs 4.29; 5.10).

O padrão atual do cristão, seja ele obreiro ou não, é Cristo, e a Bíblia é a maior fonte de ensinamento sobre este padrão.

Jesus quando estava escolhendo seus discípulos disse uma palavra muito interessante: “Segue-me”. Isto quer dizer que o padrão de comportamento do cristão, deve ser baseado no comportamento de Jesus.

Nos dias hodiernos, infelizmente tem muitas pessoas que se dizem profetas, mas não tem comportamento de filho de Deus.

2 – Proporcionar conhecimento aos profetas: Muitas pessoas dizem que não precisam estudar, e até utilizam a Palavra de Deus para enfatizar que estão corretos, dizendo que a letra mata (2 Co 3.6), mas o que Paulo escreveu neste texto é que observar a Lei somente por observar não produz vida nas pessoas, ou seja, conhecimento sem graça de Deus não gera vida, e Pedro nos escreve na sua segunda carta, no capítulo 3 e versículo 18: “Antes pois, crescei na graça e no conhecimento”.

É necessário termos as duas coisas, presença de Deus e conhecimento, pois se não tivermos o conhecimento nos tornaremos radicais da fé, e poderemos nos iludir com várias filosofias humanas.(Cl 2.8).

Quem medita na Lei do Senhor é abençoado (Sl 1).

DEUS DESDE O PRINCÍPIO INSTRUIU O POVO À RESPEITO DO CONHECIMENTO (Dt 6.6-9)

Jesus disse aos discípulos: “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. (Mt 28.18,20).

Paulo exorta Timóteo a ensinar a igreja que estava sob sua responsabilidade na cidade de Éfeso (1 Tm 4.11).

Paulo escreve a Timóteo dizendo que nos últimos dias alguns apostatariam da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores... (1 Tm 4.1).

3 - Promover encorajamento: Os expositores bíblicos observam que Eliseu não limitava o seu ministério à pregação itinerante e a operação de milagres, mas agia também como um supervisor das escolas de profetas. Ele fornecia instrução e encorajamento aos jovens que ali estavam.

A SUPERVISÃO DO LÍDER É DE SUMA IMPORTÂNCIA

Paulo estava presente pessoalmente e através de suas cartas.

O contexto de 1 e 2 Reis não deixa dúvidas de que Elias e Eliseu muito preocuparam-se em transmitir às gerações mais novas o que haviam aprendido do Senhor. Nessas escolas, portanto, esses alunos eram encorajados a buscar uma melhor compreensão da Palavra de Deus. Não há objetivo maior para um educador do que encorajar o educando a buscar a excelência no ensino.

Sendo assim, fica claro que o conhecimento é muito necessário.

4 – Promover sucessores para a obra do Senhor: Um dia alguém teria que seguir os passos do profeta Elias, pois como homem, ele morreria.

Este é exatamente o conceito de discipular ou fazer discípulos.

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mt 28.19).

A arte do ensino consiste em prover conhecimento para outras pessoas e ensiná-los a partilhar do que lhes foi ensinado. (Leonardo Novais de Oliveira).

O CURRÍCULO DAS ESCOLAS DE PROFETAS

O que era ensinado nestas escolas? Os professores ensinava a Lei do Senhor através dos escritos e também das experiências. (1 Tm 4.12; 1 Pe 5.3).

É importante reforçar que as nossas experiências nunca poderão sobrepujar a Palavra de Deus.

Paulo escreve aos Coríntios: “Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo” (1 Co 11.1).

CONCLUSÃO

Temos hoje centenas de escolas de teologia, seminários, faculdades, etc, e isto é excelente, mas apesar de termos todas estas facilidades, nunca poderemos nos esquecer da simplicidade da Palavra de Deus e da necessidade que temos de depender completamente do Espírito Santo do Senhor. (Jo 14.26; 1 Jo 2.20,27).

Se voltarmos para o estudo sistemático da Palavra de Deus, não incorreremos em erros crassos com tamanha frequência.

Se dedicarmos mais tempo para a Palavra de Deus não teremos tantos problemas na igreja.

Se dedicarmos mais tempo para entendermos a Palavra de Deus, manifestaremos ao mundo o amor de Deus.

BEM-AVENTURADO AQUELE QUE LÊ, E OS QUE OUVEM AS PALAVRAS DESTA PROFECIA, E GUARDAM AS COISAS QUE NELA ESTÃO ESCRITAS; PORQUE O TEMPO ESTÁ PRÓXIMO (AP 1.3).

E SEDE CUMPRIDORES DA PALAVRA, E NÃO SOMENTE OUVINTES, ENGANANDO-VOS COM FALSOS DISCURSOS (Tg 1.22).