UMA GERAÇÃO POUCO INTERESSANTE!
É interessante como nós seres
humanos temos a facilidade de nos adaptar a coisas que aparentemente são boas,
mas que com o passar dos anos mostram-se extremamente prejudiciais, é
interessante como nós cristãos, passamos a achar correto o que a Bíblia ensina
que não é, é interessante como o inimigo das nossas almas consegue lograr êxito
nas suas campanhas, utilizando o mesmo princípio em todas elas, a exaltação do
homem.
Vivemos em uma época em que a
facilidade nunca esteve tão evidente, pois temos comidas de micro-ondas que
levam 1 minuto para ficarem prontas, incluindo bolos, lasanhas e até feijoada.
Temos lanches de grandes empresas de fast-food, que faturam milhões de dólares,
fazendo sanduíches que ficam prontos em 1 minuto. Tiramos documentos, que antes
demoravam meses para ficarem prontos, em apenas 5 minutos, estudamos em
faculdades que formam alunos em cursos com a duração de apenas 3 anos, o que no
passado era inconcebível.
Antigamente, para abatermos um
frango eram necessários de 4 a 6 meses, mas hoje, em 50 dias o bicho já está
sendo servindo nos pratos de seres humanos do mundo inteiro.
Esta é a chamada “geração do
fast-food”, geração das coisas rápidas, geração da ansiedade descontrolada.
Avaliando esta situação,
observamos que evoluímos em muitos fatores e deixamos de evoluir em outros,
pois o mesmo frango que antes era extremamente saudável, hoje é enxertado com
hormônios, fazendo com que meninas menstruem mais cedo, homens tenham
distúrbios hormonais, aumentando de forma alarmante o número de casos de câncer
em todo o mundo e matando milhares de pessoas.
E é nesta geração do fast-food, que
temos observados prejuízos em várias áreas da sociedade.
A indústria farmacêutica lucra
bilhões com a venda de psicotrópicos, pois esta é a geração mais ansiosa de
toda a existência.
Prédios caem, porque os engenheiros
que foram formados em faculdades do mundo inteiro, não foram pacientes o
suficiente para aprender sobre os detalhes de sua profissão, tendo que aprender
no campo de trabalho.
Pessoas morrem, pois os médicos
que antes tratavam o paciente, agora querem tratar somente a doença, receitando
medicamentos paliativos para problemas crônicos de saúde, despedindo o paciente
sem uma solução desejável.
“Obreiros” são formados aos
montes e, apesar da Bíblia dizer que a seara é grande e poucos são os ceifeiros
(Mt 9.37), o que existe é uma necessidade urgente pelo status que um cargo
eclesiástico proporciona e, sendo assim, contemplamos pessoas completamente
despreparadas para exercer o ministério e prejudicando sobremaneira a obra de
Deus.
Não que eu seja contra a separação
de obreiros, pois assim estaria sendo contra a Bíblia (At 13.2; Tt 1.4), mas o
que temos visto é uma situação de desespero por parte de um número crescente de
igrejas e ministérios.
Quando é que iremos deixar de ser
uma geração que busca quantidade em detrimento da qualidade?
Quando é que entenderemos que apesar
da Bíblia mostrar que existem pessoas que merecem honra (Rm 13.7; 1 Tm 5.3; ,
esta honra que muitos querem é somente do Senhor (Ap 4.11)?
Quando é que deixaremos a Palavra
trabalhar no caráter de uma pessoa, através da ação miraculosa do Espírito
Santo, antes de colocar a mesma em cima de um púlpito para ministrar esta mesma
Palavra?
Quando é que voltaremos a nos
preocupar com o caráter, que mostra a nossa essência, ao invés de preocuparmos
com a reputação, que é aparente?
Voltemos amados irmãos aos
princípios, quando o crivo era mais acirrado, voltemos às origens, onde a
Bíblia tinha a primazia e a vontade do Senhor era respeitada, onde as coisas
pareciam bem ao Espírito Santo em primeiro lugar e depois a nós que somos Dele
(At 15.28).
Vamos ensinar esta geração do
fast-food que precisamos crescer na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18), vamos
discipular esta geração que anseia por serem instrumentos de Deus, mostrando a
eles que é importante serem provados primeiro, para depois exercerem o
ministério (1 Tm 3.10).
E por fim, vamos auxiliar com
amor, àqueles que já se embrenharam em tantos problemas, tal qual o filho
pródigo, pois não souberam esperar por aquilo que era deles (Lc 15).
Oh! Geração que é tão valorizada
pela mídia e tão pouco valorizada por Deus, voltemos ao primeiro amor, onde
Deus é suficiente para nos preencher, nos abençoando com o que precisamos, e
tirando de nós toda a ansiedade.
Oh! Geração pouco interessante
aos olhos de Deus, mas muito interessante aos olhos de um povo tão distante do
mesmo (Mt 15.8).
Vinde, e tornemos ao SENHOR, porque ele despedaçou, e nos sarará;
feriu, e nos atará a ferida.
Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará,
e viveremos diante dele.
Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída,
como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que
rega a terra (Os 6.1-3).
Ev. Leonardo Novais de Oliveira