quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

VOCÊ REALMENTE DESEJA O EPISCOPADO?




Tenho observado algo deveras interessante no cenário cristão, em especial, no “ramo” pentecostal.

Existem muitas pessoas que querem ser “usados” por Deus para fazer algo para a Sua obra e isto é louvável, mas o que me intriga é: “O que realmente estas pessoas querem fazer”?

Vários querem pregar e cantar, poucos querem ensinar e evangelizar, e uma grande parcela deseja mesmo é aparecer, pois ao contrário do que Jesus nos ensinou  (Lc 22.26), os cargos eclesiásticos nos dias atuais produzem status.

Existem alguns que até utilizam o texto que Paulo escreve a Timóteo, na sua primeira carta no capítulo 3 e verso 1,  “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (ARC), mostrando que eles estão no caminho certo, porque o próprio Paulo disse que quem quer trabalhar na obra de Deus, excelente coisa deseja.

Outros utilizam o texto de Romanos no capítulo 12 e verso 7, que diz: “Se é ministério, seja em ministrar...”, mas a palavra ministrar aqui é “diakonia”, que traduzindo é aquele que assiste (assistência, cuidado, zelo).

Precisamos então corrigir um erro, pois o que Paulo escreveu na sua carta a Timóteo foi: “Aquele que deseja o episcopado, excelente obra deseja”.

A palavra episcopado no grego é “episkopoi” e significa superintendente ou bispo e o trabalho que estes tinham era o de supervisores, ou seja, os que detinham a nobre função episcopal eram aqueles que visitavam, cuidavam e zelavam dos homens para o bem dos mesmos (STRONG:1984). Em suma, estes eram os cuidadores dos cristãos e, traduzindo para a nosso português, eles eram os atuais pastores.

Existe grande aprendizado na comparação que Jesus fez do pastor de ovelhas com o pastor de homens (Jo 10), mas especificamente para discutirmos o nosso caso, Jesus utilizou esta comparação, pois os pastores de ovelhas, como foi Davi (1 Sm 17.34), eram homens que tinham um zelo extremado por seus animais e por isto os supervisionavam constantemente, livrando-os da morte por várias vezes.

Hoje em dia, os nossos jovens pentecostais querem pregar a Palavra e eu louvo ao Senhor por isto, mas realizando uma pequena enquete na denominação em que congrego, verifiquei que mais de 90% deles não querem ser “episkopoi”, ou pastores, o que eles querem é ser conhecidos como pregadores e até utilizam um termo muito conhecido neste cenário que é o “ministério itinerante”.

Analisando a Bíblia Sagrada, eu não vejo este tipo de ministério, pois Paulo escreve aos Efésios, no capítulo 4 e verso 11-16:

“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.”

O que mais se aproxima da itinerância, é o ministério de evangelista, que é aquele que leva a Palavra do Senhor onde Ele o chamar, mas este itinerante eu não encontro na Bíblia.

Alguns dizem que Paulo foi um itinerante, mas isto está INCORRETO, pois Paulo foi um apóstolo, ou seja, aquele que pregava a Palavra, “montava” a igreja, auxiliava o seu crescimento até que houvesse alguém para ser o seu pastor e após isto, partia para outra localidade.

Quando perguntamos aos jovens qual é a sua chamada, ou seja, o que ele acredita que o Senhor tem para ele fazer, a maioria responde: “ser pregador ou ser cantor”, e aí entra a minha preocupação: 

Onde estão os futuros pastores? Onde estão os futuros “episkopoi”? Onde estão aqueles que se interessarão pelas pessoas e por levá-las ao Céu (Hb 13.17)?

Será que Jesus chamou todos estes jovens para serem evangelistas, ou será que eles estão equivocados quanto ao seu chamado?

Eu não tenho nada contra a verdadeira chamada de um evangelista, mas o que me preocupa é que biblicamente o evangelista ama as pessoas e por isto prega a Palavra e não é isto que eu tenho visto nestes “pregadores itinerantes”.

Tenho observado muito “glamour”, muita glória, muita fama, e MUITOS problemas envolvendo os mesmos.

Sendo assim, meus queridos irmãos, eu gostaria que vocês que se enquadram neste cenário pensassem:

SERÁ QUE REALMENTE EU DESEJO O EPISCOPADO?

Leonardo Novais de Oliveira

NOTÍCIAS SOBRE OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO


Manuscritos do Mar Morto podem ser consultados pela internet
Manuscritos do Mar Morto podem ser consultados pela internet
Uma técnica especial foi usada para poder preservar este achado tão importante da arqueologia.
A Autoridade de Antiguidades israelense anunciou nesta terça-feira (18) que milhares de manuscritos do Mar Morto foram fotografados e que agora podem ser consultados pela internet.
Os documentos são de extrema importância para o cristianismo e judaísmo, entre os textos que fazem parte desta coleção estão os Dez Mandamentos, o capítulo 1 do livro de Gênesis, o livro de Salmos e o livro de Isaías.
Datados com mais de dois mil anos, os achados também mostram textos não reconhecidos pela Igreja Católica, os chamados livros apócrifos.
Para poder colocar este rico material na internet foi preciso usar técnicas modernas de tratamento de imagem que foram desenvolvidas pela Nasa. Com esta técnica é possível arquivar e tirar do anonimato o conjunto de milhares de fragmentos de manuscritos.
De outra forma o acervo seria destruído, pois por serem frágeis seria impossível tornar público estes documentos.
Através dessas fotografias é possível analisar melhor os documentos que trazem histórias do terceiro ao primeiro século de nossa era.
Os manuscritos do Mar Morto são considerados uma das mais importantes descobertas arqueológicas. O achado aconteceu durante o século 20 quando, por acaso, um pastor de ovelhas passou por uma gruta perto do Mar Morto na região da Cisjordânia.
Entre os textos encontramos um que se destaca por ter sido escrito no século III antes de Cristo, se tornando o mais antigo entre os manuscritos. Já o mais atual foi datado no ano 70 quando o segundo Templo judeu foi destruído.
FONTE: TOC GOSPEL

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

MANUSCRITOS DO MAR MORTO


Arqueologia

Manuscritos do Mar Morto são publicados na web

Cinco mil imagens foram digitalizadas em projeto do Museu de Israel

Réplica de segmento dos Manuscritos do Mar Morto, que possuem mais de 2.000 anos de idade e serão publicados online

Milhares de manuscritos do Mar Morto, que datam de mais de dois milênios, foram fotografados e disponibilizados para consulta na internet. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Autoridade de Antiguidades israelense e o Google, que no ano passado viabilizou a digitalização de cinco manuscritos.
Cerca de 5.000 imagens desses artefatos bíblicos, considerados uma das descobertas arqueológicas mais importantes do século XX, podem ser visualizadas em uma página especialvinculada ao Museu de Israel, com tradução para o inglês.
Entre os manuscritos figuram fragmentos dos pergaminhos mais antigos do Antigo Testamento descobertos até agora, em particular os Dez Mandamentos, do capítulo 1 do Gênese, até os Salmos e o Livro de Isaías, em sua integralidade, e textos apócrifos.
Os documentos mais antigos remontam ao século III antes de Cristo. O mais recente foi redigido no ano 70, no momento da destruição do segundo Templo judeu por legiões romanas. O lugar onde foram encontrados foi localizado por acaso por um pastor de cabras em 1947, em Qumran, em uma gruta perto do Mar Morto na Cisjordânia.
Tecnologia - As técnicas mais modernas de tratamento da imagem, desenvolvidas principalmente por especialistas da Nasa, foram utilizadas para arquivar e tirar do anonimato o conjunto dos milhares de fragmentos de manuscritos até agora pouco acessíveis ao grande público devido a sua fragilidade. Os procedimentos empregados permitirão também analisar melhor o estado de conservação dos manuscritos.
Veja fotos em (http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/manuscritos-do-mar-morto-sao-publicados-on-line)
(Com Agência France-Presse)

AINDA EXISTEM MAIS DE 2000 IDIOMAS SEM TRADUÇÃO DA BÍBLIA




Você sabia que existem mais de dois mil idiomas em todo o mundo ainda sem traduções da Bíblia? E essas línguas representam 350 milhões de pessoas. Os australianos Dave, Carnsey e Sav entrevistaram mais de 1400 pessoas, fazendo-lhes essa pergunta, e 66% não sabe que ainda há muito trabalho de tradução a ser feito a nível global.

Por isso, os três companheiros, com o objetivo de fazer algo para aumentar a sensibilização e o apoio ao trabalho de tradução, do dia 25 de agosto até 11 de novembro, quase 80 dias, irão caminhar 2000 km (1.242,7 mi) - um quilômetro para cada idioma. A ação é uma parceria com a Operation Mobilization and Wycliffe Bible Translators for The 2000 Walk. 

Os três vão andar uma média de 30 km (18,6 mi) a cada dia. À noite, farão reuniões em igrejas locais e prefeituras. Sav disse: “Não parece justo que nós tenhamos dezenas de versões da Bíblia em Inglês. No entanto, há milhões de pessoas no mundo, representando 2.000 línguas distintas, que não têm um único verso da Palavra de Deus em uma linguagem que possam compreender“.

Visite the2000walk.com para acompanhar o progresso dos cristãos. Lá, você também pode adotar uma língua para oração, ou doar para um projeto específico.


FONTE: CPAD NEWS

domingo, 16 de dezembro de 2012

JOGO INTERESSANTE


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Igreja desenvolve game para o Facebook como forma de incentivo aos jovens para leitura da Bíblia
Olá pessoal, Paz seja convosco.

Apesar de ter um certo "preconceito" contra idéias modernistas sobre como resgatar o onteresse dos jovens pela leitura bíblica, achei esta idéia interessante e, sendo assim, vou compartilhá-la.

Um gamepara Facebook, como forma de atrair jovens à leitura da Bíblia. Essa é a nova ferramenta estratégica da Igreja Adventista do Sétimo Dia para seu ministério de jovens.

O jogo, chamado Reavivados por Sua Palavra, é um aplicativo desenvolvido exclusivamente para o Facebook, em que o jogador é apresentado a um capítulo da Bíblia por dia. Para conquistar pontos, é necessário responder a perguntas elaboradas a partir do conteúdo daquele capítulo.

-Essa é uma primeira experiência que tem como objetivo motivar e engajar os jovens e adolescentes a lerem a Bíblia diariamente numa espécie de jogo  - informa o site da Advir, ressaltando que a participação é interativa: “Quanto mais participa e compartilha, mais recompensas recebe. Também existem missões surpresa que se realizadas ao longo do dia geram medalhas e troféus. É possível ainda acompanhar a pontuação de outros amigos no jogo”.

A iniciativa foi baseada em estudos que afirmam que as pessoas dedicam, coletivamente, 3 bilhões de horas por semana para jogos, sejam de computador, sejam de videogames ou aplicativos.

Os organizadores afirmam que além do enriquecimento intelectual e espiritual, a proposta é transmitir um conceito de coletividade: “É importante que o jogador tenha a noção de que está fazendo parte de algo maior. Na medida em que ele lê, aprende mais sobre a Bíblia, desenvolve o hábito diário de leitura, gasta tempo com coisas espirituais e incentiva outros amigos a fazerem o mesmo”.
Para conhecer o jogo e participar, acesse apps.facebook.com/gamereavivados.
Por Tiago Chagas, fonte Gospel+

domingo, 9 de dezembro de 2012

TRADUÇÕES DA BÍBLIA SAGRADA NA LÍNGUA PORTUGUESA




Bíblia foi traduzida, ao longo dos séculos, em mais de 2400 línguas e idiomas diferentes, incluindo a língua portuguesa. Desde as primeiras traduções parciais em português arcaico no século XIII, diversas versões estão disponíveis ao público em livrarias, bibliotecas e na internet.

Idade Média
A primeira tradução que se tem notícia é a do rei Dinis de Portugal, conhecida como Bíblia de D. Dinis, que teve grande tiragem durante o seu reinado. É uma tradução dos 20 primeiros capítulos de Gênesis, a partir da Vulgata. Houve também traduções realizadas pelos monges do Mosteiro de Alcobaça, mais especificamente o livro de Atos dos Apóstolos.
Durante o reinado de D. João I de Portugal, este ordenou que fosse traduzida novamente a Bíblia no vernáculo. Foi publicada grande parte do Novo Testamento e os Salmos, traduzidos pelo próprio rei. A sua neta, D. Filipa, traduziu os evangelhos do francêsBernardo de Alcobaça traduziu Mateus e Gonçalo Garcia de Santa Maria traduziu partes do Novo Testamento.
Em 1491 é imprimido o comentário sobre o Pentateuco que, além do Pentateuco, tinha os Targumim sírios e o grego de Onquelos. O tipógrafo Valentim Fernandes imprime De Vita Christi, uma harmonia dos Evangelhos. Os "Evangelhos e Epístolas", compilados por Guilherme de Paris e dirigidos ao clero, são imprimidos pelo tipógrafo Rodrigo Álvares. Numa pintura de Nuno Gonçalves, aparece um rabino segurando uma Torá aberta.
Em 1505, a rainha Leonor ordena a tradução de Atos dos Apóstolos e as Epístolas de Tiago, Pedro, João e Judas. O padre Antonio Ribeiro dos Santos é responsável por traduções dos Evangelhos de Mateus e Marcos. Em 1529, é publicada em Lisboa uma tradução dos Salmos feita por Gómez de Santofímia, que teve uma 2ª edição em 1535. É bem possível, devido à proximidade com a Espanha, traduções em espanhol fossem conhecidas, como as de João Pérez de PiñedaJoão de Valdés e Francisco de Enzinas. O padre jesuíta Luiz Brandão traduziu os quatro Evangelhos.
Durante a Inquisição houve uma grande diminuição das traduções da Bíblia para o português. A Inquisição, desde 1547 proibia a posse de Bíblias em línguas vernaculares, permitindo apenas a Vulgata latina, e com sérias restrições.
Por volta de 1530António Pereira Marramaque, de uma família ilustre de Cabeceiras de Basto, escreve sobre a utilidade de verter a Bíblia em vernáculo. Poucos anos depois, é denunciado à Inquisição por possuir uma Bíblia na lingua vulgar.
Uma tradução do Pentateuco é publicada em Constantinopla em 1547, feita por judeus expulsos de Portugal e CastelaAbraão Usque, judeu português, traduziu e publicou uma tradução conhecida como a Bíblia de Ferrara, em espanhol. Teve que publicar em Ferrara, por causa de perseguição.

Tradução de João Ferreira de Almeida
A tradução feita por João Ferreira de Almeida é considerada um marco na história da Bíblia em português porque foi a primeira tradução do Novo Testamento a partir das línguas originais. Anteriormente supõe-se que havia versões do Pentateuco traduzidas do hebraico. De acordo com esses registros, em 1642, aos 14 anos, João Ferreira de Almeida teria deixado Portugal para viver em Málaca (Malásia). Ele havia ingressado no protestantismo, vindo do catolicismo, e transferia-se com o objetivo de trabalhar na Igreja Reformada Holandesa local.
Ele já conhecia a Vulgata, já que seu tio era padre. Após converter-se ao protestantismo aos 14 anos, Almeida partiu para a Batávia. Aos 16 anos traduziu um resumo dos evangelhos do espanhol para o português, que nunca chegou a ser publicado. Em Malaca traduziu partes do Novo Testamento também do espanhol.
Aos 17, traduziu o Novo Testamento do latim, da versão de Theodore Beza, além de ter se apoiado nas versões italianafrancesa e espanhola.
Aos 35 anos, iniciou a tradução a partir de obras escritas no idioma original, embora seja um mistério como ele aprendeu estes idiomas. Usou como base o Texto Massorético para o Antigo Testamento e uma edição de 1633 (pelos irmãos Elzevir) do Textus Receptus. Utilizou também traduções da época, como a castelhana Reina-Valera. A tradução do Novo Testamento ficou pronta em 1676.
O texto foi enviado para a Holanda para revisão. O processo de revisão durou 5 anos, sendo publicado em 1681, após terem sido feitas mais de mil modificações[carece de fontes]. A razão é que os revisores holandeses queriam harmonizar a tradução com a versão holandesa publicada em 1637. A Companhia das Índias Orientais ordenou que se recolhesse e destruísse os exemplares defeituosos. Os que foram salvos foram corrigidos e utilizados em igrejas protestantes no Oriente, sendo que um deles está exposto no Museu Britânico.
O próprio Almeida revisou o texto durante dez anos, sendo publicado após a sua morte, em 1693. Enquanto revisava, trabalhava também no Antigo Testamento. O Pentateuco ficou pronto em 1683. Há uma tradução dos Salmos que foi publicada em 1695, anexo ao Livro de Oração Comum, anônima, mas atribuída a Almeida. Almeida conseguiu traduzir até Ezequiel 48:12 em 1691, ano de sua morte, tendo Jacobus op den Akker completado a tradução em 1694.
A tradução completa, após muitas revisões, foi publicada em dois volumes, um 1748, revisado pelo próprio den Akker e por Cristóvão Teodósio Walther, e outro em 1753. Em 1819, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira publica uma 3ª edição da Bíblia completa, em um volume.
Há também as edições impressas em na colônia dinamarquesa de Tranquebar, que datam de 1719 a 1765. São edições parciais da Bíblia, que foram obtidas à medida que os revisores terminavam seu trabalho.
Resumindo, foram impressas:
·         NT, 1ª edição, Amsterdã, 1681
·         NT, 2ª edição, Batávia, 1693 [1]
·         NT, 3ª edição, Amsterdã, 1712 [2]
·         AT, Gênesis a Ester, Batávia [3]
·         AT, Jó a Malaquias, Batávia [4]
·         Impressões em Tranquebar: Gênesis, 1719; Oséias a Malaquias, 1732; Josué a Ester, 1738; Jó a Cânticos, 1744; Isaías a Daniel, 1751; O Livro de Salmos, 1740; Os Evangelhos, 1760; Novo Testamento, 1765.
O trabalho de João Ferreira de Almeida é para a língua portuguesa o que a Bíblia de Lutero é para alemã, a King James Version para a inglesa e Reina-Valera é para a espanhola. No entanto, a única tradução moderna em Português, que utiliza os mesmos textos-base em grego e hebraico que foram utilizados por João Ferreira de Almeida, é a versão Almeida Corrigida Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil. As demais traduções modernas, embora utilizem o nome "Almeida", como a Almeida Revista e Atualizada e Almeida Revista e Corrigida baseiam-se em maior ou menor grau nos manuscritos do chamado Texto Crítico, que passou a ser utilizado somente a partir do século XIX. Teófilo Braga, ao comentar sobre a versão original de Almeida, disse: "É esta tradução o maior e mais importante documento para se estudar o estado da língua portuguesa no século XVIII."

Tradução de António Pereira de Figueiredo
Novo Testamento foi publicado entre 1778 e 1781 em seis volumes. O Antigo Testamento foi publicado entre 1782 e 1790 em 17 volumes. A versão em sete volumes, que é considerada padrão, foi publicada em 1819, sendo que a versão em volume único foi publicada em 1821.
Por ser uma versão com português mais recente, foi considerada melhor que a de Almeida, apesar de não ter sido baseado nos idiomas originais. Nota-se que foi a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira que editou as revisões de 1821 (completa) e 1828 (sem os deuterocanônicos). A Sociedade Bíblica de Portugal foi fundada em 1835 e distribuiu essa, além da versão de Almeida. Teve boa acolhida entre católicos e protestantes.
Traduções em Portugal, após Almeida e Figueiredo
Traduções parciais
Padre António Ribeiro dos Santos traduziu os Evangelhos de Mateus e Marcos no final do século XIX, baseado na Vulgata.
Traduções completas
O comerciante natural de HamburgoPedro Rahmeyer é responsável por uma tradução completa da Bíblia em português. Ficou conhecida como "Bíblia de Rahmeyer" e está em exposição no Museu de Hamburgo. Supõe-se que, durante os 30 anos que ficou em Lisboa, tenha traduzido do alemão.
Em 1933, com apoio papal, o padre Matos Soares publica sua tradução da Bíblia em português, traduzida a partir da Vulgata. Ganhou a aprovação da Igreja Católica, sendo a mais popular no Brasil, desde que foi publicada em 1942.
Tradução Interconfessional em Português Corrente foi fruto de um trabalho conjunto entre católicos e protestantes. Iniciada em 1972, é revisada em 2002.

Traduções no Brasil
Traduções parciais
A primeira tradução realizada no Brasil foi feita pelo bispo Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré. Era um Novo Testamento traduzido a partir da Vulgata. No prefácio, havia acusações contra os protestantes, chamando suas versões da Bíblia de "falsificadas". Foi publicada em São Luís, no Maranhão, em 1847, sendo impressa em Portugal em 1875.
Em 1879, a Sociedade de Literatura Religiosa e Moral publica uma revisão do Novo Testamento de Almeida. Foi revisada por José Manoel Garcia, pelo pastor M. P. B. de Carvalhosa e pelo pastor Alexandre Latimer Blackford.
O imperador D. Pedro II era um profundo admirador da cultura judaica. Após aprender o hebraico, que era a sua língua favorita, traduziu partes da Bíblia, como o livro de Neemias, além de partes do Velho Testamento para o latim.
F. R. dos Santos Saraiva, autor de um dicionário latino-português, traduz os Salmos, com o título de Harpa de Israel, em 1898.
Duarte Leopoldo e Silva traduz e publica os Evangelhos em forma de harmonia. O Colégio da Imaculada Conceição, Botafogo, Rio de Janeiro, publica uma tradução dos Evangelhos e Atos, do francês, preparada por um padre, em 1904. Padres franciscanos iniciam um trabalho de tradução a partir da Vulgata, sendo concluído em 1909. No mesmo ano, o padre Santana traduz o Evangelho de Mateus diretamente do grego. É a primeira tradução parcial da Bíblia, em português, dos idiomas originais feita por um padre católico, embora tenha sido apoiado pelo latim.
J. L. Assunção traduz o Novo Testamento a partir da Vulgata em 1917. Surge, no mesmo ano, o livro de Amós, traduzido por Esteves Pereira. Foi traduzido do etíope. Em 1923, J. Basílio Pereira traduz o Novo Testamento e os Salmos a partir da Vulgata.
O então padre Huberto Rohden foi o autor de uma tradução do Novo Testamento. Começou a traduzir enquanto estudava na Leopold-Franzens-Universität InnsbruckÁustria, completando em 1930. Foi publicado pela Cruzada da Boa Imprensa (atualmente é pela editora Martin Claret). Utilizou como base o Textus Receptus.
O rabino Meir Matzliah Melamed traduz a Torá, numa edição sem data, com o nome de A Lei de Moisés e as Haftarot. Foi publicada em 1962. A tradução foi revisada e lançada, em 2001, com o nome de A Lei de Moisés. Está disponível pela Editora Sêfer.
Em 1993 é publicado o Novo Testamento da Nova Versão Internacional. Em 2005, o pastor batista Fridolin Janzen traduz o Novo Testamento em português, baseado no Textus Receptus. O texto está disponível no seu website, e está para ser imprimida.

Traduções completas
A primeira tradução completa foi a Tradução Brasileira. Foi uma tradução da Bíblia que não contava somente com teólogos, como H. C. TuckerWilliam Cabell BrownEduardo Carlos Pereira, mas também com eruditos como Ruy BarbosaJosé Veríssimo e Virgílio Várzea.
A tradução se principiou em 1902. Os dois primeiros evangelhos foram editados em 1904, e depois de alguma crítica e revisão, o Evangelho de Mateus saiu novamente em 1905. Os Evangelhos e o livro dos Atos dos Apóstolos foram publicados em 1906, e o Novo Testamento completo em 1910. Publicada em sua inteireza em 1917, apresenta características eruditas, sendo bastante literal em relação aos textos originais.
Não obteve o agrado dos leitores, por traduzir nomes hebraicos de uma maneira próxima à daquela língua, falta de literalidade e falta de revisões. Ver artigo principal: Tradução Brasileira.
Almeida Revista e Corrigida foi a primeira Bíblia a ser impressa no Brasil, em 1948. Está em circulação a revisão de 1995. Ver artigo principal: Almeida Revista e Corrigida.
A Editora Paulinas publicou desde a década de 1950 até 1990, a Bíblia traduzida da Vulgata Latina pelo padre português Mattos Soares na década de 1930.
Publicada em 1959, a Almeida Revista e Atualizada utiliza o Texto Crítico, ao invés do Textus Receptus. Ganhou aprovação da CNBB. Ver artigo principal: Almeida Revista e Atualizada.
Em 1959 é publicada a tradução dos monges Meredsous em português. O trabalho de tradução foi coordenado pelo franciscano João José Pedreira de Castro, do Centro Bíblico de São Paulo. Foi traduzida a partir da versão francesa publicada na Bélgica.
Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas é uma tradução da Bíblia feita pelas Testemunhas de Jeová. Foi publicada em 1963, sendo traduzida da versão inglesa. Recebeu uma revisão em 1984 (em português em 1986), com a inclusão de notas marginais. Ver artigo principal: Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas.
A Versão Revisada foi publicada em 1967, pela Imprensa Bíblica Brasileira e pela Juerp. É de orientação batista. Ver artigo principal: Versão revisada segundo os melhores textos.
Em 1976 é publicada a Bíblia de Jerusalém, pelas Edições Paulinas. É baseada na versão francesa, sendo que as notas e comentários são traduzidos. Em 2002 é publicada a revisão, chamada de Nova Bíblia de Jerusalém.
Em 1981 é publicada a Bíblia Viva, uma paráfrase da Bíblia. A versão original foi elaborada por Kenneth Taylor e foi traduzida na base da equivalência dinâmica (idéia por idéia). Já está na 2ª edição.
Em 1982 é publicada a Bíblia Vozes, pela editora Vozes, traduzida por uma comissão, presidida pelo franciscano Ludovico Garmus. No mesmo ano é publicada uma versão pela editora Santuário. No ano seguinte é publicada a Bíblia Mensagem de Deus pelas edições Loyola.
Em 1988 é publicada A Bíblia na Linguagem de Hoje, caracterizada por ter uma linguagem popular e tradução flexível. Um exemplo é a tradução de Juízes 3:24: Aí os empregados chegaram e viram que as portas estavam trancadas. Então pensaram que o rei tinha ido ao banheiro. Muitos eruditos vêem uma excessiva utilização de linguagem popular, que pode comprometer a fidelidade com o texto original. Devido a esses problemas, essa tradução passou por um grande processo de revisão, que resultou na Nova Tradução na Linguagem de Hoje, em 2000.
Em 1990 é publicada a Edição Pastoral. Coordenada pelo teólogo Ivo Storniolo, é uma tradução afinada com a teologia da libertação, sendo voltada para uso dos leigos. Ver artigo principal: Edição Pastoral.
Ainda em 1990, a Editora Vida publicou a sua Edição contemporânea da Bíblia de Almeida (EAC). Essa edição eliminou arcaísmos e ambiguidades do texto original de Almeida, mas com a promessa de preservar as excelências do texto que lhe serviu de base.
Em 1997 é publicada a Tradução Ecumênica da Bíblia (sendo baseada na versão francesa), sendo parte de sua comissão católicos, protestantes e judeus. O Antigo Testamento foi mantido do modo como se utiliza nas Bíblias judaicas.
Em 2001, a CNBB produziu uma tradução comemorativa dos 50 anos da CNBB, e já está na 3ª edição e envolveu cooperação entre sete editoras católicas. No mesmo ano é publicada a Torah Viva, traduzida por Adolfo Wasserman, baseada na versão inglesa. É publicada também a versão completa da Nova Versão Internacional.,
Em 2002 é publicada a Bíblia do Peregrino, traduzida por Luís Alonso Schökel. É uma tradução da versão espanhola.
Em 2006 é publicada a Bíblia Hebraica. É o primeiro Tanakh completo publicado em português, desde 1553. Os tradutores foram David Gorodovits e Jairo Fridlin e foi revisada por rabinos e professores.
Em 2007 é publicada a Bíblia Almeida Século 21, uma atualização da "Versão Revisada" do texto de Almeida (também conhecida como "Versão revisada segundo os melhores textos") por uma parceria entre a Imprensa Bíblica Brasileira/Juerp, a Editora Hagnos e a Editora Atos.

Traduções feitas em outros países
A Sociedade Bíblica Trinitariana, fundada no Reino Unido em 1831, também produziu uma versão para o português do Novo Testamento, em 1883. É baseada, no Textus Receptus, assim como todas as Bíblias da Sociedade Bíblica Trinitariana.

FONTE WWW.WIKIPEDIA.ORG